sexta-feira, 24 de junho de 2011

Disparates socialistas


Quatro meses depois da redução da velocidade máxima em 10km/h, para fazer face à escalada do petróleo, o governo Zapatero inverteu a marcha e voltou à base. Pelo meio ficou mais uma tentativa desastrada do padrinho espiritual do PS português de dizer às pessoas como devem gerir as suas vidas. Um governo cuja filosofia é ter no Estado e no dinheiro dos contribuintes a solução para todas as maleitas, não poderia deixar de agir face à subida do preço do petróleo. Mesmo quando nada pode fazer quanto a isso. Como se não tivessem suficiente trabalho a gerir a crise cuja inércia alimentaram, os socialistas espanhóis acharam por bem meter-se em mais um assunto privado dos cidadãos, no qual não têm de meter bedelho.

Naturalmente que os condutores sentem bem a subida do preço dos combustíveis (I know I do) e mudam os seus hábitos em consonância. Se alguns continuam a conduzir de uma forma que consome mais combustível, pago pelos próprios, que legitimidade tem um governo para interferir? Não entremos pelos custos ambientais e outras externalidades. Esses são respondidos pelos impostos sobre o consumo de produtos petrolíferos e sobre os automóveis consoante a eficiência.

São precisamente estes disparates que expõem a asneira que é confiar a pessoas tão boas ou tão más como quaisquer outras a missão de conduzir as nossas vidas. Achar que o Estado é uma entidade mitológica que sabe o que é melhor para nós e deve decidir em lugar dos indivíduos é, de facto, um disparate. O Estado é dirigido por pessoas, geralmente políticos. Arriscaria dizer que de diversos sistemas, o político não é particularmente meritocrático. Será que eles sabem mesmo o que é melhor para nós? Será que achamos que em caso de dúvida é melhor prescindir da nossa liberdade para que eles cuidem de nós? Não me parece.

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