domingo, 9 de janeiro de 2011

Terra chama candidatos

Folgo em ver que, após uma semana dedicada à não-política dos negócios privados e sem indício algum de legalidade de Cavaco Silva, a realidade (trágica) do país trouxe os nossos excelsos candidatos presidenciais de volta à Terra. A iminente, e dispendiosamente adiada, entrada do FMI em Portugal passou a dominar a campanha. Agora sim podemos discutir política:
  • O Presidente Cavaco Silva é responsável pela situação a que chegamos? Se sim, o que deveria ter dito ou feito?
  • O que pensam os candidatos da entrada do FMI? São contra? Se sim, que estratégia sugerem? Devemos cortar na despesa? Onde?
  • Adiar a entrada do FMI valeu a pena? Quanto nos custou? Quais os custos da intervenção externa no país? Estamos a perder soberania? Ou estamos a assumir que falhamos enquanto sociedade em vivermos dentro das nossas possibilidades sem hipotecar as gerações futuras (e a geração presente)?
  • Abandonando o chavão do "Estado Social", que serviços o Estado tem condições para continuar a prover? Quais devem ser gratuitos? Devem todos pagar o mesmo qualquer que sejam os seus rendimentos? Que serviços públicos devem ser directamente assegurados pelo Estado e quais podem/devem ser concessionados e em que moldes?
  • Não basta gastar menos. Se não crescermos não conseguimos assegurar o serviço da dívida. O que vamos prometer a quem nos empresta dinheiro para assegurar que vamos mudar de rumo?

Sem comentários:

Enviar um comentário