O Alberto João dos Açores decidiu contornar os cortes salariais para uma boa parte dos funcionários públicos daquela região autónoma, concedendo um suplemento equivalente à redução dos vencimentos. Em jeito de justificação diz o Presidente Carlos César que não irá custar um cêntimo ao Orçamento do Estado, e portanto ao país como um todo, dado que este suplemento sairá das transferências já previstas para os Açores.
Ora bem, essas transferências saem precisamente do Orçamento do Estado. Se o senhor César tinha folga orçamental para poder agora gastar nestas coisas devia era ter dito ao Ministro das Finanças que não precisava de tanto dinheiro e iria contribuir para a redução da despesa de que tanto precisamos. Além disso é um descaramento falar de solidariedade entre o continente e uma região mais pobre pois essa já é mais do que suficiente e traduz-se em impostos mais baixos e subsídios diversos. Do que se fala é de uma crise que toca a todos e não faz sentido que uns sejam abrigados dela, à conta dos outros que necessariamente pagarão mais. Se se puxa o cobertor de um lado, destapa-se do outro.
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