sábado, 29 de dezembro de 2012

E como vai ser 2013?


O ano 2012 está a acabar e 2013 está a chegar. Ora nesta altura do ano faz-se o balanço do que aconteceu e fazem-se as previsões do que irá acontecer. 
Deixando o passado para trás vou-me dedicar a nomear alguns dos acontecimentos que vão certamente marcar o ano de 2013 além de mostrar a minha veia de vidente e prever, ou pelo menos desejar, que estes acontecimentos ocorram de determinada forma.  

Começando logo por uma visão geral, teremos a crise do Euro e da Europa em grande plano. Vamos ter eleições em Itália e Alemanha, pelo menos, e quem sabe se também em Portugal. No caso da Alemanha prevejo a vitória de Angela Merkel o que eu saúdo visto que, apesar de um mau começo na gestão da crise, tem vindo a mostrar maior abertura e força politica para manter a união e aguentar a situação na Europa. Pena que as eleições sejam só em Setembro/Outubro visto que quanto mais cedo fossem menor era a pressão sobre Merkel para "agradar" ao eleitorado o que causa sempre maior incerteza e menos decisões concretas no plano europeu.  Já em Itália, ao que parece Mario Monti, pelas noticias de hoje, vai liderar uma coligação de partidos centristas e de esquerda e irá provavelmente ganhar. O que também é bom sinal face ao outro possível candidato, Silvio Berlusconi, que já disse que avançava, já recuou, e agora não se sabe bem afinal o que vai fazer e que se ganhasse seria uma tragédia. Com excepção de algumas situações engraçadas por ele protagonizadas, as trapalhadas em que ele se meteu e a forma como governou Itália no seu mandato são no mínimo assustadoras. 

Quanto à Europa, no seu todo, vai continuar na sendo para acordar uma maior integração fiscal que ainda está meia encravada nas negociações entre países e terá mais um ano dificil para decidir e resolver a crise monetária (já mais estabilizada) e a crise politica que divide cada vez mais o continente e o Reino Unido no qual tem vindo a crescer o número de eurocépticos (ainda recentemente Jacques Delors afirmou a possibilidade de um a reformulação na forma de integração do Reino Unido com este a sair da União mantendo apenas acordos de livre comércio)

Já o mundo estará centrado em algumas questões importantes, desde o possível fiscal cliff nos EUA e a crise da dívida americana, que atingirá o tecto máximo legal permitido em Fevereiro. Certamente uma má notícia se se confirmar apesar de na minha opnião estas questões são sempre ultrapassadas no último instante, na última hora quando todas as partes sabem que têm mais a perder que a ganhar ao manterem-se inflexíveis. Teremos também a queda mais que provável de Assad. A Rússia já retirou parte do apoio, só se mantendo praticamente o Irão. Falta saber se acontecerá o mesmo que a Khadaffi ou se fugirá antes. 
Teremos ainda um novo presidente chinês já indicado como presidente do partido comunista chinês em Novembro último. Contudo não se prevêem grandes mudanças de política face às actuais visto que todos os membros do comité são ainda da geração dos últimos presidentes apesar da influência de Hu Jintao ser menor que a de Yang Zemin. 
Por último teremos ainda o conflito Israel-Irão  cada vez mais intenso e que já se viu mais longe de degenerar numa guerra. A situação no Egipto, com a chegada ao poder de uma facção islâmica mais radical que Mubarak poderá complicar a manobra de Israel que está mais isolado ainda no Médio Oriente.
 
Já no nosso pequeno jardim vamos ter um ano péssimo para a população em geral. A subida de impostos, os cortes na despesa que já estão a ser feitos e que irão ser feitos vão de certeza causar mais insastifação e mais revolta. Estou completamente convencido que as medidas para 2013 não vão chegar para as metas de défice e mais cortes vão ser feitos. Falta saber onde e como. E é aqui que as coisas vão se complicar ainda mais visto que a reacção das pessoas não vai ser a melhor. Porque se há uma coisa que está errada desde inicio é o trazer novas medidas a conta gotas em vez de uma vez só avançar com todas os cortes e aumentos de impostos necessários. Era mais curto e menos causador de instabilidade económica, política e emocional. 
Para além disto, também vamos a votos para as autarquias (se não houver processos pendentes em tribunal devido à reforma autárquica). Chamaria a atenção para o Porto, com Menezes a ter a mais que provável vitória, Lisboa onde deve ganhar António Costa, Cascais onde José Castelo Branco será o novo presidente da câmara (ou então não...) e principalmente em todas câmaras onde os chamados "dinossauros" vão deixar os seus cargos. Será que vão ganhar os seus sucessores políticos ou teremos uma viragem de cor paridária. E mais interessante, será que teremos efeitos políticos da imagem desgastada do governo, ou não? A mim parece-me que não terá grande influência já que a realidade local normalmente não é confundida com a nacional, mas a ver vamos.

Numa vertente mais descontraída, teremos em 2013 grandes acontecimentos. No cinema: desde grandes filmes a estrear já no ínicio do ano, Lincoln e Django à cabeça, aos Óscares onde espero que filmes como o Batman, Hobbit tenham nomeações mas provavelmente não vão ter grandes prémios. Espero, no entanto, que "Amor" que já ganhou a Palma de Ouro seja um dos prováveis vencedores de Óscar de melhor filme estrangeiro. No desporto: teremos a vitória do FCPorto no campeonato nacional (para prever isto não era preciso ser vidente), teremos a mais que provável saída de Mourinho do Real Madrid e o retorno de Guardiola ao activo. Na música: provavelmente alguma banda decente vai lançar um album no próximo ano mas não estou muito a par disso... mas em termos de concertos temos o Justin Bieber em Lisboa (Yey!...ou então não...) Bon Jovi em Lisboa também, os GNR no coliseu em formato acústico e mais intimista, e todos os outros festivais de Verão sempre com grande música. Teremos ainda, para quem gosta de música e dança, o festival Andanças de volta ao seu formato de uma semana inteirinha de dança!

E há mais, muito mais mas, por agora, desejo a todos um óptimo 2013 tanto bom ou melhor que 2012.

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