domingo, 5 de agosto de 2012

Maratona de mesa a remos


Este fim de semana, os resultados dos Jogos Olímpicos foram muito satisfatórios para os portugueses. Destaco a maratona, o ténis de mesa e o remo, onde os lusos tiveram desempenhos bastante bons. 

Na maratona, Jéssica Augusto conseguiu um honroso sétimo lugar, Marisa Barros foi décima terceira e Dulce Félix foi vigésima primeira. Ter três atletas tão bem classificadas não é fácil. A nível europeu arrisco-me a dizer que tivemos a melhor prestação no conjunto de todas as atletas. 

No ténis de mesa, conseguimos uma excelente prestação por equipas, quase destronando uma equipa coreana muito mais forte nos quartos-de-finais. Ficámos a uma unha negra das meias. Os meus parabéns a João Monteiro, Tiago Apolónia e Marcos Freitas. O que há aqui a destacar é a evolução da modalidade. Há alguns anos atrás um duelo como o de hoje contra estes coreanos, teria resultado numa derrota copiosa para os lusos. Estes resultados fazem antever um futuro brilhante a estes jovens tenistas. 

Finalmente destaco Pedro Fraga e Nuno Mendes, uns outsiders que conseguiram um brilhante quinto lugar na final 40m, algo inédito no remo português. 

Decidi destacar estes atletas e as suas boas prestações, porque apesar de não virem com nenhum metal ao peito conseguiram atingir ou superar largamente as expectativas. Muita gente tem criticado os nossos atletas. Todavia só alguém bastante desatento poderia esperar que chegássemos aos jogos e desatássemos a ganhar medalhas. Para ganhar medalhas é preciso investir muito e bem. Nas duas grandes áreas que dão medalhas temos fracas infraestruturas ( estão um pouco melhores que há umas décadas, mas ainda são muito deficientes) e pouca tradição, falo do atletismo e da natação.  A maioria das medalhas que ganhámos foram fogachos de talento, não resultado de um investimento sério nessas modalidades. Quando falo de investimento, não estou a falar só do estado, todos sabemos que os patriocionadores neste país estão virados para o futebol. E por fim, somos um país pouco populoso quando comparados com grandes potências, como os USA ou a China, o que nos diminui o leque de escolhas. Claro que existem atletas que podiam ter feito muito mais, mas outros superaram-se largamente, batendo recordes pessoais ou atingindo metas inesperadas. 

Para terminar, devo dizer que estou a gostar bastante destes jogos. Já assisti a imagens memoráveis, como a vitória histórica dos USA sobre a Nigéria em basquetebol, ou o feito de Michael "golfinho" Phelps, 22 medalhas (tantas como Portugal em 100 anos)! Bem é aproveitar que falta só mais uma semanita. Pode ser que o mar nos traga uma alegria mais uma vez, pois na vela ainda temos hipóteses. Força portugueses! 

PS: Não percam, a final da prova dos 100m que irá decorrer às 21H50. Será que Usain Bolt continuará  a ser o mais rápido? 

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