sexta-feira, 27 de julho de 2012

As diferenças entre um país desenvolvido e Portugal


A noticia hoje do Correio da Manhã deixou-me de certa forma surpreso, apesar de não totalmente perplexo, visto já saber que tudo é possível em Portugal. Resumindo a notícia, um juiz manda encerrar uma discoteca algarvia mas o presidente de câmara, a que pertence a discoteca, recusou-se a acatar a ordem mantendo o respectivo espaço aberto. O facto de pertencer a um familiar de Cristiano Ronaldo é, na minha óptica, um detalhe que pode ser relevante para esta decisão do autarca. 
Mas o ponto importante é a impunidade com que pessoas com algum poder em Portugal governam, desobedecendo às mais básicas instituições nacionais como se estivessem no seu feudo e fossem donos e senhores do mesmo.
Este descrédito da justiça em Portugal é uma das causas maiores para a situação actual e para termos estado desde há muito tempo na "cauda" da Europa. Não é admissível existirem situações destas que põe em causa a credibilidade de um país. Além do mais, senhores como este sentir-se-ão certamente com liberdade para continuar a fazer o mesmo, podendo desviar-se para caminhos com interesses ainda mais obscuros, enfraquecendo as fundações de uma economia livre e igualitária. É que de facto, independentemente de ter ou não razão, não se pode simplesmente ignorar uma ordem dos tribunais. 
É esta a diferença entre países desenvolvidos como EUA, Inglaterra onde a lei é cumprida por todos (com reflexos no desenvolvimento dos mesmos), e países como o Zimbabwe, Venezuela, ou outros, onde alguns se comportam como estando acima da lei e põe e dispõe conforme os seus próprios interesses (levando as suas economias ao desastre). Se queremos evoluir há que condenar estas atitudes e banir definitivamente todos os que se queiram sobrepor à lei, criando, assim, condições para o progresso e para que a livre escolha dos indivíduos seja apenas limitada pela lei e pelas autoridades  (dentro de parâmetros aceitáveis) e não por qualquer outro indivíduo que detenha algum poder e o use para seu benefício privado. Só assim, tal como desde sempre, se conseguem construir economias sólidas e com garantias de prosperidade. 

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