quarta-feira, 27 de junho de 2012

Gilles Simon, contra a igualdade marchar marchar

Eu não sou um fã acérrimo de ténis, mas quando posso gosto de ver alguns jogos quando dão na televisão. Não estou portanto nas condições ideias para dizer muito acerca de Gilles Simon, número 13 no ranking ATP (segundo a noticia). Mas fiquei a pensar nos comentários que ele proferiu defendendo prémios mais elevados para os homens do que para as mulheres nos torneios ténis. Este senhor, recentemente eleito para o Conselho de Jogadores (imagino eu que com ele se venha a tornar numa futura união sindical radical do ténis), apresenta 3 argumentos fundamentais: o ténis masculino está à frente do feminino; os homens passam mais tempo nos courts de ténis (normalmente o número de sets do jogo é superior para os homens) e proporcionam um espectáculo mais atractivo.

Quanto a vocês eu não sei, mas na minha opinião nem o primeiro nem o segundo argumentos fazem muito sentido, e então o terceiro ainda menos.
Vejamos, o ténis masculino estar à frente do feminino só se for no alfabeto, porque na minha modesta opinião a qualidade é muito semelhante (as mulheres têm menos força, é certo, mas em técnica, pelo menos as mais bem cotadas, são semelhantes).
Depois que eu saiba ninguém é pago à hora, é pago elo espectáculo e pelos jogos ganhos, portanto ele aqui poderia querer era ter menos sets por jogo. Por último, produzir um melhor espectáculo é algo muito relativo. O que é um bom espectáculo?  É só jogar bem? Ou conta também os jogadores em si? É que entre ver um jogo da Sharapova ou do Simon acho que não há dúvida qual vou ver.

Portanto estes argumentos são, a meu ver, pouco sólidos e baseados um bocadinho na dor de cotovelo, ou machismo. Não que eu concorde com aquelas pessoas maluquinhas pela igualdade, nada disso. Cada um deve ganhar por aquilo que produz, ou aquilo que quem paga acha que essa pessoa produziu. Se quem organiza os torneios acha que se deve pagar o mesmo, qual é o problema? Só participa quem quer, e se não quiserem participar, ou acharem que estão a ser mal pagos que não vão lá. São tão livres os jogadores de participar, como são os organizadores de pagar o quanto querem. 

Só faltava mesmo ver o Simon e mais um grupo de jogadores enfurecidos de bandeira na mão e com palavras de ordem à porta de Wimbledon para lutarem por melhores salários. Se for o caso aconselho-o a chamar o Arménio e a Avoila que já estão batidos nestes assuntos.

Deixo-vos com um video da Maria Sharapova, se quem estiver a ler for homem de certeza que concorda comigo em como não ha espectaculo melhor, visual e auditivo. 




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