Que indecência! Os gregos andaram anos e anos a gastar, a falsificar as contas e agora vêm os outros países da zona euro ajudá-los. Até Portugal, cujo cinto todas as pessoas atentas pedem que se aperte, vai contribuir um bocadinho. Os gregos não merecem a nossa ajuda, se querem dinheiro que vendam a taça do Euro 2004.
Um pouco por toda a Europa levantam-se vozes críticas à ajuda financeira prometida pelos países da zona euro e do FMI à Grécia. De facto sucessivos governos gregos ignoraram a catastrófica situação das finanças helénicas, aldrabaram as contas para poder aderir à zona euro e à boa moda do cavalo de Tróia poderão fazer implodir a União Económica e Monetária. Há, pois, alguns contornos de chantagem nesta ajuda, mas essa situação não a torna a decisão errada.
No meu entendimento a ajuda à Grécia é desejável e do interesse dos restantes países europeus por diversas razões, sendo pertinente destacar duas. Por um lado, para os outros países gastadores e irresponsáveis, como Portugal, uma falência grega abriria a caixa de Pandora da possibilidade do incumprimento por parte de um país da zona euro. O nosso país com uma dívida pública de quase 100% do PIB, que não parará de crescer tão cedo (ao contrário da riqueza, cada vez mais estagnada), não conseguiria fazer face à subida dos juros que acompanhariam o default grego. A nossa singela contribuição, que é um empréstimo e não uma doação, pode muito bem ser vista como um acto de amor próprio. E bem.
Por outro lado os gigantes da zona euro, França e Alemanha, têm sistemas bancários ainda periclitantes e que devoraram dívida grega. Caso a Grécia abrisse falência estes seriam severamente afectados, mais ainda se o pânico se alastrasse aos títulos da dívida de Portugal, Espanha, ou mesmo Itália. Assim, também é do seu interesse evitar esta situação. A hesitação da Sra. Merkel serve principalmente para convencer o seu eleitorado da sua indignação.
De qualquer forma, uma vez remendado este rombo no casco do navio, as coisas não podem ficar como dantes. Há que criar mecanismos de exigência fiscal com dentes, que efectivamente obriguem os países a comportarem-se de forma responsável com a sua despesa, sob pena de expulsão da moeda única. Países responsáveis como a Alemanha não admitirão novas chantagens nestes moldes. E bem.
Um pouco por toda a Europa levantam-se vozes críticas à ajuda financeira prometida pelos países da zona euro e do FMI à Grécia. De facto sucessivos governos gregos ignoraram a catastrófica situação das finanças helénicas, aldrabaram as contas para poder aderir à zona euro e à boa moda do cavalo de Tróia poderão fazer implodir a União Económica e Monetária. Há, pois, alguns contornos de chantagem nesta ajuda, mas essa situação não a torna a decisão errada.
No meu entendimento a ajuda à Grécia é desejável e do interesse dos restantes países europeus por diversas razões, sendo pertinente destacar duas. Por um lado, para os outros países gastadores e irresponsáveis, como Portugal, uma falência grega abriria a caixa de Pandora da possibilidade do incumprimento por parte de um país da zona euro. O nosso país com uma dívida pública de quase 100% do PIB, que não parará de crescer tão cedo (ao contrário da riqueza, cada vez mais estagnada), não conseguiria fazer face à subida dos juros que acompanhariam o default grego. A nossa singela contribuição, que é um empréstimo e não uma doação, pode muito bem ser vista como um acto de amor próprio. E bem.
Por outro lado os gigantes da zona euro, França e Alemanha, têm sistemas bancários ainda periclitantes e que devoraram dívida grega. Caso a Grécia abrisse falência estes seriam severamente afectados, mais ainda se o pânico se alastrasse aos títulos da dívida de Portugal, Espanha, ou mesmo Itália. Assim, também é do seu interesse evitar esta situação. A hesitação da Sra. Merkel serve principalmente para convencer o seu eleitorado da sua indignação.
De qualquer forma, uma vez remendado este rombo no casco do navio, as coisas não podem ficar como dantes. Há que criar mecanismos de exigência fiscal com dentes, que efectivamente obriguem os países a comportarem-se de forma responsável com a sua despesa, sob pena de expulsão da moeda única. Países responsáveis como a Alemanha não admitirão novas chantagens nestes moldes. E bem.
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