segunda-feira, 22 de abril de 2013

As verdades de Miguel Gonçalves


Se há pessoa que tem estado na moda nas últimas semanas é Miguel Gonçalves, o "embaixador" do programa "Impulso Jovem". 
Se neste momento é um risco associar-se a um governo moribundo e, pior, a um ministro na corda bamba, que acabou por cair, a sua abordagem ao tema tem sido de considerável successo. 
Lendo a entrevista de hoje ao jornal i, salvo alguma propaganda inerente à sua intervenção no programa e ao interesse particular no mesmo programa (na parte inicial da entrevista), e ainda alguma ingenuidade, consegui vislumbrar boas ideias e a mentalidade que muitas vezes falta a muito de nós para enfrentar os desafios nas nossas vidas.
Das várias ideias e mensagens deixadas, gostava de destacar algumas:

1 - O facto de ele afirmar haverem muitos empregos disponíveis e a necessidade de esforço por parte dos jovens para se qualificarem e poderem concorrer a esses empregos e estarem à altura dos mesmos, parece-me um bom estimulo para nós jovens. Tem de haver este espirito de contínua aprendizagem, e de saberem comportarem-se num mercado de trabalho longe do que é hoje em dia o ensino teórico das nossas universidades.

2 - A insistência necessária, o não desistir, que ele transmite são importantíssimos nos dias de hoje!

3 - A necessidade de as pessoas se reinventarem, se lançarem e apostarem em si como um produto, podendo parecer materialista, é a chave para o mercado de trabalho de hoje em dia. Já não há um trabalho para a vida, não há uma profissão para a vida. Há sim uma constante adaptação às necessidades e à soportunidades de emprego.

4 - "Eu compreendo os protestos de muitas pessoas. Não compreendo é os protestos de quem não é suficientemente bom, recusa-se a tornar-se bom e pensa que é responsabilidade dos outros elas tornarem-se boas. De repente, sempre que falamos de desemprego, parece que nos esquecemos dos fenómenos das pessoas que vão às empresas pedir para carimbar no IEFP." Esta imagem da realidade que muitas pessoas ignoram ou simplesmente aceitam sem pôr em causa que este tipo de pessoas prejudica todo o país, é fulcrar para abrir os olhos. Não é concebível que não haja punição social para estes casos e que sejam as prórpias pessoas que criticam a situação a que chegou o país a fechar os olhos a estas situações.

5 - Por fim o exemplo que é preciso de trabalhar no duro, desde novo para saber o que é ter o seu próprio dinheiro e de como custa ganhá-lo. É esse espirito empreendedor que precisamos todos para avançarmos!

PS: a forma como o jornal i apresenta a noticia com o excerto "Muitos dos desempregados não querem trabalhar ou são maus a fazê-lo" retirado do contexto, é de um sensacionalismo desnecessário mas que é o pão de cada dia em Portugal....


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