A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) considera que o "exagerado número de vagas em medicina põe em causa a qualidade da formação" dos futuros médicos, defendendo a diminuição do número de vagas.
Atestando a qualidade da sua formação, os estudantes de medicina dão sinais de aprenderem rapidamente a cartilha corporativista da classe médica.
Não há desemprego qualificado na medicina em Portugal. As vagas não são é todas nos bons hospitais nos grandes centros urbanos. E aqui-d'el-rei se temos de pôr estes recursos humanos qualificados nos quais o contribuinte tanto investe a caminho do Interior e das Ilhas, como vão os reles dos professores.
O Portugal que discursa sobre a solidariedade e igualdade enquanto cada um defende as suas quintas continua. A preocupação com a saúde pública é só mais uma das muitas modalidades deste desporto nacional de hipocrisia. Em ano de Jogos Olímpicos também vamos continuar a acompanhar a preocupação com o transporte dos doentes (lobby dos bombeiros), com o fecho dos tribunais em concelhos mais pequenos (juízes, advogados, magistrados), a falta de acesso dos mais pobres à cultura de qualidade (os realizadores com filmes que nenhum pobre vê)...
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