Nesta altura em que tanto se fala das alegadas tentativas do Governo para condicionar a comunicação social importa lembrar um dos mais poderosos instrumentos de influência e controlo do Estado, do Governo para ser mais concreto, sobre a imprensa. A publicidade pública, do vastíssimo leque de ministérios, institutos e agências, é a maior fonte de receitas de vários órgãos de comunicação, principalmente nesta época de crise em que os privados cortam nas despesas de marketing e as vendas dos jornais são mais baixas.
Assim, de forma bastante simples e sem o fascínio das manobras pseudo-nixonianas que têm vindo a lume nas últimas semanas, quando um jornal começa a dizer mais do que aquilo que se quer que seja dito, mais fácil do que comprar o grupo de comunicação social a que ele pertence é fazer saber ao editor ou director que, caso tal continue, a agência X irá publicar os seus importantíssimos anúncios no jornal do vizinho.
Deveria pois haver um conjunto de regras que definissem de que forma é distribuída a publicidade paga pelos entes públicos pelos diversos jornais, de forma a evitar discricionariedade de ministros e respectivos séquitos que a podem usar como arma política e de condicionamento de linhas editoriais. Estas regras devem ser baseadas na tiragem, ou audiências, dos órgãos de comunicação, de modo a que o Estado não distorça as escolhas do público, não favorecendo publicações que poucos lêem ou prejudicando as que a população prefere. Claro que haverá sempre lugar a definição de públicos alvo. Regras de bom senso para que não se gastasse tanto dinheiro em publicidade de retorno questionável já seria pedir de mais, cada eleitor votará no tipo de política que prefere.
Sem nos esquecermos que esta realidade já existia em anteriores Governos, é de qualquer forma impossível olhar da mesma forma para os cartazes e páginas com a cara dos grandes símbolos de Portugal, José Mourinho e Cristiano Ronaldo entre outros, que pulularam nos jornais nacionais e estrangeiros no âmbito das campanhas publicitárias promovidas pelo saudoso ministro Manuel Pinho.
Deveria pois haver um conjunto de regras que definissem de que forma é distribuída a publicidade paga pelos entes públicos pelos diversos jornais, de forma a evitar discricionariedade de ministros e respectivos séquitos que a podem usar como arma política e de condicionamento de linhas editoriais. Estas regras devem ser baseadas na tiragem, ou audiências, dos órgãos de comunicação, de modo a que o Estado não distorça as escolhas do público, não favorecendo publicações que poucos lêem ou prejudicando as que a população prefere. Claro que haverá sempre lugar a definição de públicos alvo. Regras de bom senso para que não se gastasse tanto dinheiro em publicidade de retorno questionável já seria pedir de mais, cada eleitor votará no tipo de política que prefere.
Sem nos esquecermos que esta realidade já existia em anteriores Governos, é de qualquer forma impossível olhar da mesma forma para os cartazes e páginas com a cara dos grandes símbolos de Portugal, José Mourinho e Cristiano Ronaldo entre outros, que pulularam nos jornais nacionais e estrangeiros no âmbito das campanhas publicitárias promovidas pelo saudoso ministro Manuel Pinho.



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